A apresentação de Anitta no Réveillon de Copacabana 2025, um dos maiores eventos do país, foi marcada por uma polêmica que dividiu opiniões. Durante a execução do seu novo single "Capa de Revista", a Rede Globo, responsável pela transmissão ao vivo, optou por cortar o áudio em diversos momentos da música.
A decisão foi tomada devido à presença de termos explícitos e vulgares na letra, como “sexo”, “pica”, “piranha”, “puta” e “boquete”. Este episódio levanta questões importantes sobre a responsabilidade artística, os valores culturais promovidos e o impacto de figuras públicas como Anitta na sociedade brasileira.
Entre Liberdade Artística e Exposição Pública
Anitta é uma das maiores representantes da música pop brasileira, tendo conquistado uma legião de fãs tanto no Brasil quanto no exterior. Sua trajetória é marcada por hits que celebram a liberdade sexual (ou seria libertinagem?).
É lamentável a escolha da artista para apresentação em um evento familiar, transmitido em rede nacional, como palco para apresentar performace de teor tão explícito. A artista demonstra não se preocupar com a responsabilidade social que deveria acompanhar sua enorme influência.
O Réveillon de Copacabana, transmitido ao vivo para milhões de brasileiros, é tradicionalmente uma celebração que reúne famílias, crianças e pessoas de todas as idades. A escolha de repertório de Anitta, com letras recheadas de palavras vulgares, gerou desconforto em muitos telespectadores e abriu espaço para críticas contundentes. “Infelizmente, o povão brasileiro gosta de vulgaridades, baixarias e falta de cultura. Depois reclamam da fama da mulher brasileira no exterior”, comentou um internauta nas redes sociais.
O Papel da Globo e a Reação Popular
A decisão da Globo de cortar o áudio durante a transmissão é uma medida rara e que reflete a gravidade do conteúdo apresentado. A emissora, que é frequentemente criticada por promover atrações populares, desta vez optou por limitar os danos causados pelo teor inadequado da música.
Essa atitude gerou críticas tanto por parte dos fãs de Anitta, que criam uma narrativa de censura (já que ela não foi calada no palco), mas por opção da Emissão o trecho não foi veiculado pela vulgaridade.
Outros grupos apontaram a falta de critérios mais rígidos na escolha das atrações do evento.
Nas redes sociais, a apresentação foi amplamente discutida. Internautas dividiram-se entre defender a liberdade artística da cantora e condenar a escolha de uma música com vocabulário explícito para um show transmitido ao vivo. A questão transcende a simples censura e atinge um debate maior sobre os valores culturais promovidos em eventos de grande alcance.
Anitta e a Representação da Cultura Brasileira
Anitta é frequentemente exaltada como uma embaixadora da cultura brasileira no exterior, acumulando prêmios e reconhecimento global. No entanto, episódios como o do Show da Virada reforçam estereótipos negativos associados ao Brasil.
O conteúdo explicitamente sexual de suas músicas e performances, em um contexto onde o país já luta contra a objetificação da mulher brasileira no cenário internacional, acaba alimentando uma visão distorcida e prejudicial da identidade cultural nacional.
Reflexão Necessária
A influência de Anitta deveria vir acompanhada de uma responsabilidade social que parece ter sido negligenciada durante o Show da Virada. O Brasil precisa urgentemente refletir sobre os ídolos que escolhe enaltecer e os valores que deseja transmitir para as próximas gerações. Enquanto a liberdade artística é um pilar fundamental da cultura, ela deve ser equilibrada com respeito ao público e à própria imagem do país.
Fontes: Folha de São Paulo, Terra e Metrópoles