O humorista Danilo Gentili enfrentou um revés na Justiça de São Paulo, que proibiu a comercialização de seu vinho, por supostamente satirizar o rótulo de um vinho renomado vendido por R$ 40 mil. A decisão foi motivada por alegações de concorrência desleal e violação de direitos de propriedade industrial. A multa pelo descumprimento da ordem judicial pode ultrapassar R$ 60 mil.

O vinho de Gentili, lançado com humor característico, tinha como slogan "não é para milionário, mas para quem quer se sentir como um", e era vendido a R$ 139. Contudo, a vinícola que produz o vinho de alto padrão alegou que o rótulo e o nome do produto do humorista imitavam os elementos de seu produto de luxo.

Nas redes sociais, Danilo Gentili criticou a decisão, chamando-a de "ridícula". Ele afirmou que o produto foi criado para ser uma sátira, como uma crítica social e de mercado, e não para confundir consumidores ou competir diretamente com vinhos de altíssimo valor. "Nem um milhão de garrafas do meu vinho vão custar o preço de uma unidade do outro", ironizou o humorista.

Outros humoristas que participaram da criação e divulgação do vinho, como Diego Portugal e Oscar Filho, também se manifestaram contra a decisão, reforçando o caráter satírico do produto.

A decisão judicial gerou debates na internet e entre críticos, que discutem os limites entre a liberdade criativa e a proteção de marcas no mercado. Por outro lado, a vinícola que moveu a ação reafirmou que sua preocupação é proteger um produto com décadas de história e credibilidade.

Essa polêmica reacendeu discussões sobre o uso do humor no mercado e a maneira como ele pode ser interpretado pelo público e pela Justiça. O caso ainda pode ter desdobramentos judiciais, caso a defesa de Gentili decida recorrer da decisão.

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Fontes: Revista Veja, Terra, Vinsel Blog, Revista Fórum e Globo.