O governo federal deve publicar nos próximos dias o decreto que oficializa o reajuste do salário mínimo para 2025. A expectativa é de que o valor passe dos atuais R$ 1.540 para R$ 1.621, um aumento de 5,26%, acompanhando a inflação e o crescimento da economia.
Além do reajuste, o novo decreto trará mudanças importantes na política de valorização do salário mínimo. A proposta prevê a aplicação de uma nova regra para os próximos anos, que considera a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores somada à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O aumento no salário mínimo impactará diretamente cerca de 60 milhões de brasileiros, entre trabalhadores formais, beneficiários do INSS e programas sociais como o Bolsa Família.
Para os trabalhadores, o reajuste representa um alívio diante da alta dos preços de itens essenciais, como alimentação, transporte e energia elétrica. Já para os beneficiários do INSS, o novo valor reflete nos benefícios previdenciários, que são corrigidos com base no piso salarial.
Por outro lado, economistas apontam que o impacto do aumento na folha de pagamento das empresas e nos cofres públicos pode trazer desafios para a economia. Estima-se que, para cada R$ 1 de aumento no salário mínimo, as despesas do governo aumentam cerca de R$ 400 milhões ao ano, devido ao vínculo do piso nacional com benefícios previdenciários e sociais.
O governo busca estabelecer maior previsibilidade para o reajuste do salário mínimo nos próximos anos. Com a nova regra, o cálculo será baseado na inflação acumulada pelo INPC, garantindo o poder de compra, e na variação do PIB de dois anos anteriores, o que reflete o crescimento econômico.
Essa medida visa corrigir distorções e criar uma política de valorização sustentável, levando em conta a realidade fiscal do país. Especialistas afirmam que a mudança na fórmula é positiva, mas destacam que o desafio está em equilibrar o aumento do poder de compra com a manutenção da saúde das contas públicas.
De acordo com as informações divulgadas, o novo salário mínimo deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, como prevê a Constituição Federal. O decreto oficializando o reajuste será publicado nos próximos dias no Diário Oficial da União.
Com a implementação da nova regra de reajuste, espera-se maior estabilidade na política de valorização do salário mínimo. No entanto, o governo terá de enfrentar desafios fiscais e monitorar os efeitos do aumento nos preços e no mercado de trabalho.
O debate sobre a valorização do salário mínimo segue sendo um tema central na política econômica, envolvendo trabalhadores, empresários e especialistas.
Fontes: CBN, Estado de Minas, R7.