EMAPA, FAMPOP e COVID-19
A nossa cidade sempre promoveu a cultura, principalmente, com a realização da FAMPOP (Feira Avareense de Música Popular) com a função de fomentar a produção musical popular brasileira. Atraindo artistas do país inteiro e promovendo o intercâmbio cultural.
Evento que gerou inúmeras obras e revelaram diversos artistas e a oportunidade para os novos talentos da MPB divulgarem seus trabalhos.
O salão do Centro Avareense e depois o Ginásio Municipal de Esportes viviam abarrotados para prestigiar, contemplar e celebrar a arte musical com estilo popular brasileiro.
Com o tempo, e uma mentalidade de gestão municipal com outras afeições, a cidade empenhou-se e fomentou-se ao seguimento sertanejo. Logo, as grandes concentrações foram deslocadas para as festas de peão minando sobremaneira as ações na FAMPOP e esvaziando suas forças.
Desta forma, com despesas multimilionárias, a EMAPA passou a ser definitivamente o chamariz de público (e por que não dizer de votos), desfilando artistas famosos e espetáculos glamorosos.
Mas e agora? Diante do quadro de pandemia mundial e com um cenário incerto por conta do impedimento de aglomeração de pessoas em espetáculos, qual será a alternativa da nossa cidade?
Recentemente o Governo de São Paulo, por exemplo, lançou a plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaEmCasa, a fim de promover a cultura face ao enfrentamento do COVID-19.
Com acesso por meio dos sites culturaemcasa.com.br e culturaemcasa.sp.gov.br os conteúdos podem ser assistidos gratuitamente por televisão, computador, tablets e celulares.
A plataforma fará o licenciamento de projetos de produtores culturais de todo o Estado com geração de renda para artistas, técnicos, produtores e profissionais da cultura de forma geral.
O que penso ser uma oportunidade para muitos talentos avareenses se inscreverem e apresentarem suas obras.
A ideia do Secretário da Cultura do Estado é de que a inciativa #CulturaEmCasa se torne um programa contínuo, permanente, para além desse período difícil de pandemia, se tornando uma das instituições do Estado.
E diante destas informações, como se deve comportar nosso povo que ama festas e eventos? Será que iremos incorporar outras formas de consumir nossas preferências musicais e culturais?
Como serão utilizados os R$ 4 milhões de reais da pasta da Secretaria da Cultura?
São perguntas que deverão ser respondidas futuramente, e até o momento não houve nenhuma política para estimular outras ações ao acesso de cultura ou propor outras formas.
A única certeza é que a comissão esta pronta desde fevereiro e sequer houve menção em possibilidade de cancelamento da Festa de Peão. Afinal como diria Arlindo Cruz “O Show tem que continuar”.
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